Em uma época em que o home office se tornou uma realidade para muitos, uma seguradora australiana decidiu usar a tecnologia de pressionamento de teclas no teclado para monitorar a produtividade de seus funcionários.
Para Suzie Cheikho, essa decisão teve consequências dramáticas.
- DIA DOS PAIS! Presentes incríveis pro paizão: ofertas em eletrônicos, bebidas, livros, ferramentas e até dispositivos Alexa com R$ 200 de desconto. Tudo isso com frete grátis! Confira agora clicando aqui.
Suzie, que dedicou 18 anos de sua carreira à Insurance Australia Group (IAG), foi demitida após ser pega em falta pelo sistema de monitoramento.
Segundo a companhia, ela estava se comportando de forma inapropriada em sua jornada de trabalho, levando a penalidades financeiras para a empresa.
A história, que foi destaque no site ‘News.com’, relata que a IAG usou essa tecnologia para verificar se a funcionária estava realmente cumprindo seu horário de trabalho. Os dados coletados foram bastante reveladores.
Conforme as informações do Comissão de Trabalho Justo (FWC), Suzie tinha responsabilidades significativas, como elaborar documentos de seguro e garantir o cumprimento de prazos regulatórios.
Porém, odesempenho no home office deixou a desejar.
Ela foi advertida em novembro de 2022 sobre sua produtividade e, posteriormente, foi inserida em um plano de melhoria de desempenho.
Durante esse período, a atividade online dela foi monitorada detalhadamente, observando-se a frequência de pressionamentos no teclado durante 49 dias úteis.
O veredito? Nos 49 dias monitorados, ela não cumpriu seu horário de trabalho em 44 deles. Além disso, chegou atrasada em 47 dias, saiu mais cedo em 29 e não registrou qualquer atividade em 4 dias.
Seu registro de pressionamentos no teclado? Perto de zero em várias horas e com uma média de apenas 54 toques por hora.
A conclusão da IAG foi clara: “ela não estava se apresentando para o trabalho e realizando o trabalho conforme exigido”.
Após ser demitida em fevereiro, Suzie buscou seus direitos legalmente, alegando demissão injusta. Entretanto, o tribunal de apelações não viu da mesma maneira e rejeitou o recurso.
Dedurada pelo teclado
Em uma reunião tensa antes da demissão, Suzie foi direta: “duvidava dos dados” e “não acreditava por um minuto” nas descobertas da empresa.
Ela se defendeu vigorosamente, argumentando: “Não posso acreditar nesses dados. Às vezes a carga de trabalho é um pouco lenta, mas nunca deixei de trabalhar. Quero dizer, posso ir às compras de vez em quando, mas não é o dia todo“.
Procurando por respostas e tentando entender os dados apresentados, Suzie se debruçou sobre os registros. Infelizmente, em meio à defesa, também compartilhou algo pessoal e tocante.
“Tenho passado por muitos problemas pessoais que causaram um declínio na minha saúde mental e, infelizmente, acredito que isso afetou meu desempenho e meu trabalho”.
O que é exatamente um keylogger?
Keyloggers são, basicamente, ferramentas que capturam e registram tudo que é digitado em um dispositivo.
Enquanto em algumas situações eles podem ser usados para fins legítimos, como no desenvolvimento de softwares, eles têm uma má reputação por serem também usados em atividades maliciosas, como ataques cibernéticos.
Cada pressão de tecla que você faz, desde uma simples letra até um comando completo, envia informações ao computador. Esses comandos podem revelar:
- Duração do pressionamento de tecla;
- Tempo de pressionamento;
- Velocidade com que as teclas são pressionadas;
- E, claro, a tecla específica que foi usada.
Eita!
- DIA DOS PAIS! Presentes incríveis pro paizão: ofertas em eletrônicos, bebidas, livros, ferramentas e até dispositivos Alexa com R$ 200 de desconto. Tudo isso com frete grátis! Confira agora clicando aqui.
Homem aparece na privada durante audiência virtual do Tribunal de Justiça
Deixe seu comentário