Maysa Vilela
Recentemente, um caso perturbador envolvendo bombons envenenados veio à tona e deixou o Brasil todo em alerta. Lindaci Viegas Batista de Carvalho, uma mulher de 54 anos, recebeu um presente aparentemente inofensivo que, infelizmente, a levou à morte.
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A trama sinistra, envolvendo buquê de flores e bombons envenenados, uma rivalidade amorosa e um admirador secreto, parece coisa de filme, mas é real.
No dia de seu aniversário, Lindaci recebeu um pacote contendo bombons e um buquê.
De acordo com mensagens descobertas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), ela contou às amigas sobre um admirador secreto, já que o pacote não continha nenhum cartão com o nome do remetente.
“Você não vai acreditar no que aconteceu. Recebi uma ligação de um cara que tinha um presente para mim. Ele queria o meu endereço, então eu dei o da loja do meu ex”, Lindaci compartilhou.
Ao degustar os chocolates com sua família e amigos, o filho notou um sabor estranho. Ele ligou para a tia, Lenice, irmã de Lindaci, alertando sobre a situação.
Ele disse: “‘Tia, tem veneno nesse bombom. Comi um pedaço, percebi um gosto esquisito e cuspi. Mostrei para o segurança do hospital que identificou como chumbinho‘”, contou Lenice.
O caso aconteceu no último dia 20. Antes de ser levada para o hospital, Lindaci enviou uma mensagem em áudio para amigas, dizendo que não estava se sentindo bem.
“Estou tontinha“, disse ela. Posteriormente, a polícia confirmou a presença de uma quantidade considerável de chumbinho nos bombons, um veneno altamente tóxico.
Ouça:
Quem estaria por trás desse plano terrível? A Polícia Civil do Rio de Janeiro apontou Susane Martins da Silva como a principal suspeita. Ela, atualmente namorada de um ex de Lindaci, teria agido por ciúmes.
As investigações apontam que ela ameaçava Lindaci que, por medo, não forneceu o endereço de casa, mas o da loja do ex-namorado. Em uma mensagem nas redes sociais para Lindaci, Susane escreveu: “Falo pouco, mas faço muito…“.
Depois de receber o presente, Lindaci foi a um brechó e salão de beleza onde mostrou as flores e compartilhou suas suspeitas sobre os chocolates misteriosos.
Gisele Oliveira Nascimento, a cabeleireira, foi a primeira a provar um pedaço do bombom.
Nesta história bizarra, Lindaci ligou para o atual marido questionando se ele havia lhe mandado flores e chocolate. Ele disse que ‘sim’, sem saber sobre o plano sinistro e o veneno colocado nos bombons, supostamente, por Susane.
Veja fotos de Susane e Lindaci, que morreu envenenada:
O caso dos bombons envenenados
Após a morte de Lindaci Viegas Batista de Carvalho, Lucas Bernardes, o motoboy de 26 anos que fez a entrega dos bombons envenenados, começou a receber mensagens ameaçadoras.
Ele revelou que o filho adolescente de Susane Martins da Silva, principal suspeita do crime, foi quem entregou o pacote para ser entregue.
No entanto, segundo as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, as ameaças teriam vindo da própria Susane, que se passou por um traficante para tentar intimidar Lucas.
As coisas ainda ficaram mais estranhas: Lucas contou que Susane tentou pegar o celular dele para apagar as mensagens ameaçadoras.
“Entrei em contato com o delegado e disse: ‘Estou com uma mulher aqui que quer me dar um telefone e pegar o meu’. Segurei o braço dela, a levei e a entreguei à polícia“, relatou o motoboy.
Por causa dessas evidências e de todas as outras reunidas durante a investigação, a polícia decidiu prender Susane.
A defesa dela, por sua vez, declarou à TV Globo que não teve acesso ao inquérito policial completo e que só se manifestará oficialmente quando tiver todos os documentos em mãos.
Suspeita apanha na prisão
Susane, a mulher de 49 anos presa e acusada de envenenar Lindaci, foi supostamente agredida por outras detentas no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.
Esta informação foi revelada pela defesa de Susane durante uma audiência de custódia no último sábado (27). No mesmo dia, a prisão preventiva foi confirmada pela Justiça.
Diante dessas alegações, o juiz Pedro Ivo Martins Caruso D’ippolito fez uma solicitação formal à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
Ele pediu que a Seap forneça informações sobre se Susane realmente sofreu agressões por parte de outras detentas, como afirmado pela defesa.
Além disso, o juiz ordenou que ela receba “avaliação e tratamento médico, considerando relatos de diversos problemas de saúde”.
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Polícia prende suspeita de ter enviado os bombons envenenados que mataram mulher
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