Desde março de 2017, está em funcionamento, em São Paulo, o aplicativo Lady Driver, que funciona da mesma forma que outros apps de transporte. Entretanto, há um diferencial: só há motoristas mulheres.
Em menos de seis meses, a empresa já cadastrou cerca de 8 mil motoristas na capital e em Guarulhos, na Grande SP, e agora quer expandir o serviço para o Rio. Apenas mulheres podem usar o serviço
A fundadora e hoje CEO da Lady Driver criou o serviço após ter sofrido assédio. “Ele (o motorista) me buscou na porta de casa e chegou a mudar o caminho. Cheguei bem, graças a Deus, mas comecei a pensar quantas mulheres passam por isso diariamente. A gente se sente mais segura e tranquila com outra mulher”, disse Gabriela Correa, de 35 anos, que comanda a empresa, que tem 15 funcionários.
Ela destaca que o serviço acabou servindo para proteger as profissionais. “Era uma demanda das mulheres que dirigiam e para quem ninguém olhava. Valorizamos o trabalho delas”, disse.
Gabriela diz que o aplicativo funciona como forma de chamar atenção para a causa. “As mulheres passam por situações difíceis com frequência, mas não falam, têm vergonha. O nosso trabalho serve para mostrar que temos voz, que o assédio não é uma coisa rara.”
Clara Averbuck
A escritora Clara Averbuck, de 38 anos, denunciou na última segunda-feira (28), em sua página no Facebook que foi vítima de estupro e agressão física cometidos por um motorista do Uber. A empresa afirma ter banido o motorista.
Escritora Clara Averbuck relata estupro em Uber; motorista é expulso
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