O brasileiro Vamberto Luiz de Castro, de 64 anos de idade, ficou conhecido na imprensa após ser curado de um câncer terminal. Ele topou um tratamento experimental de terapia genética que foi utilizado pela primeira vez na América Latina. Agora, ele acabou sendo vítima de um acidente na cidade de Belo Horizonte e morreu no último dia 11 de dezembro.
Os detalhes da morte não foram divulgados, mas o falecimento não teve nenhuma relação com o câncer, que foi considerado curado no último mês de outubro. A causa foi um traumatismo craniano.
A terapia experimental que curou Vamberto Luiz de Castro de um câncer terminal utiliza uma técnica desenvolvida nos Estados Unidos, porém aplicada a partir de um método desenvolvido totalmente no Brasil, o que pode torna-lo mais eficaz e, principalmente, mais acessível a todos os pacientes que se encontram nessas condições.
O paciente sofria de um linfoma em estado terminal, recebendo doses de morfina diárias para que pudesse suportar as dores. Ele foi submetido a todos os métodos conhecidos de quimioterapia e radioterapia, sem obter resultados significativos e foi então que começou o tratamento inédito no Brasil, com base no método CART-Cell de terapia genética.
Detalhes do tratamento
A terapia foi desenvolvida por pesquisadores ligados ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, à USP, à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).
Esses pesquisadores afirmam que o câncer terminal de Vamberto entrou em remissão, o declarando virtualmente curado. Ele passaria por acompanhamento nos próximos cinco anos.
Vamberto tinha expectativa de vida próxima de um ano quando deu entrada no hospital onde a terapia foi aplicada. O método já é usado nos Estados Unidos, China, Europa e Japão, mas ainda é pouco acessível mesmo nesses países, com custos que podem chegar perto de meio milhão de dólares.
O tratamento é tão eficiente que na maioria das vezes uma dose é suficiente, como foi o caso. O resultado veio em aproximadamente quatro dias. O paciente já estava cheio de nódulos linfáticos que doíam por todo o corpo e cerca de uma semana depois já andava normalmente e não sentia mais dores.
O tratamento continuará sendo estudado e a expectativa é de que um dia esteja disponível no SUS.
Deixe seu comentário