Após o Partido dos Trabalhadores publicar em suas redes sociais imagens de um rosário que teria sido enviado pelo Papa Francisco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, o Vaticano manifestou-se nesta terça-feira, 12, negando a versão do partido.
O Vaticano esclareceu que o terço entregue na carceragem da Polícia Federal não era em nome do Papa Francisco, mas sim um presente pessoal do advogado argentino Juan Grabois. “Como tantos outros, é um terço abençoado e distribuído em inúmeras ocasiões. A visita era pessoal e não em nome do Papa”, afirma.
O papa Francisco enviou um rosário ao presidente Lula, preso político há 67 dias. O presidente recebeu o terço na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Foto: Claudio Kbene pic.twitter.com/QzqYJgTfN4
— Lula pelo Brasil (@LulapeloBrasil) June 11, 2018
Em vídeo publicado no Facebook, Juan Grabois afirma que foi proibido de visitar o ex-presidente e que está “muito preocupado” com sua prisão, classificando a medida como “perseguição política”.
Lula tem recebido aconselhamento religioso às segundas-feiras e já teve visitas de figuras como Leonardo Boff e Frei Betto. A justificativa para impedir Grabrois de ser o convidado da semana na cela de Lula foi que ele não foi consagrado sacerdote e, portanto, não poderia dar orientação espiritual para o ex-presidente.
Em abril, as visitas de amigos, aliados e apoiadores de Lula foram proibidas pela juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal. A magistrada decidiu que, enquanto Lula estiver encarcerado na unidade policial onde começou a Operação Lava Jato, só serão permitidas visitações da família e dos advogados – regra da unidade para os demais presos.
Deixe seu comentário