A perda de um companheiro causa dor e sofrimento. Quando o casal tem filhos pequenos, o manejo dessas emoções não é tarefa fácil. Há dois anos, o empresário Daniel Correa convive com a tristeza, mas tenta amenizar o dia a dia com a pequena Luna. A esposa, Stella Noleto, morreu por complicações em decorrência da doença de Lupus.
Nesta quinta-feira (16), ele decidiu se vestir como ‘mamãe’ para participar do Dia da Família na escola da filha. “Antes de me julgar, vejam todas as fotos e o vídeo no final”, diz o alerta da publicação da foto em que aparece com Luna no perfil dele no Instagram.
“Todo Dia das Mães é extremamente delicado para ela. E dessa vez, ela falou: ‘Papai, estamos ensaiando uma música para o Dia das Mães, mas eu não tenho mamãe. Minha mãe foi morar com o papai do céu’. Eu, de todas as formas tentei persuadi-la para que a vó ou tias fossem representando a mãe dela. Porém, sem êxito. Ela quem me pediu com os olhos cheios de lágrimas para que eu fosse a mamãe dela por um dia. Pediu-me barba rosa e peruca loira igual a da mãe. Pois bem, está aí o resultado”, explicou.
Daniel Correa disse que a morte é inevitável, mas que não é preciso passar por isso de forma triste. “Luna! Te amo! Foi impagável ver seu sorriso no rosto ao me ver como ‘mamãe’”, conclui a publicação, que ainda tem um vídeo no final.
“Oi, galerinha do YouTube, tudo bem com vocês? Hoje estou aqui com a minha ‘mamãe’ e estou aqui na minha escola gravando um vídeo. E eu fiz a declaração muito bonita. Um beijo para você”, diz Luna.
Internautas se sensibilizaram com a atitude de Daniel e compartilharam histórias parecidas. “Minha esposa sofreu um acidente de carro quando nosso filho tinha três anos, ficou um ano e meio em coma até que morreu. Desde então, seguimos sozinhos pela vida. Ele sempre diz: ‘Você não é minha mãe, mas não é só meu pai. Você é minha família inteira’”, escreveu um internauta.
Como falar sobre a morte com crianças e adolescentes?
Para os adultos, a perda pode ser extremamente difícil. E para as crianças? “A criança vai encarar a morte com o mesmo olhar e potencial lúdico que ela tem para encarar a vida. Para a criança, a morte ainda não tem a quantidade de símbolos, nomes e significados que nós adultos damos”, na avaliação de Juliana Guimarães, psicóloga especialista em luto.
Na opinião do psicanalista e hipnoterapeuta Alexandre Pedro, os pais precisam falar sobre a morte com a criança desde cedo. “Plante uma semente e vá mostrando como ela nasce, cresce e morre. Lembra daquele feijãozinho plantado no algodão que todos nós fizemos na escola? Pode ser um ótimo aliado neste momento. O mais importante desta experiência é mostrar que esse processo é natural e que independe de ele ter cuidado direitinho da planta”.
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